I
Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minh'alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem um som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
és para mim como um sonho --
Soas-me na alma distante...
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
Sem comentários:
Enviar um comentário