De manhãzinha, a mata ainda escura,
Ainda dormindo os colibris nos ninhos,
Partem cantando uma canção obscura,
Em variados grupos, ou sozinhos.
Segura a mão calosa a moca dura.
E eles a cantar pelos caminhos
Antigas tradições de ida bravura,
Canções obscenas, ritos de adivinhos...
Já fogem as estrelas derradeiras,
E acendem-se as grotescas maçaleiras
À luz do sol fecunda e abrasadora.
Já chegam à cidade, -- mas o canto,
Que os trouxe de tão longe, irá entanto
Suavizando a faina o dia fora...
Sem comentários:
Enviar um comentário